terça-feira, 30 de setembro de 2008

O Manejo da palavra na leitura e na escrita

Este encontro faz parte do projeto de formação continuada promovido pela EAPE, Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação, onde a Editora Arco Íris, mais uma vez nos privilegia com a presença de duas escritoras brasileiras, Lucília Garcês e Margarida Patriota, para uma conversa descontraída sobre a importância do manejo da leitura e da escrita na formação do educador e de futuros escritores.
É importante que conheçamos um pouco sobre essas duas profissionais, que de forma brilhante fazem o manejo das palavras.
Lucília Garcez — Escritora mineira, ex-professora de Letras da UnB, mestre em Literatura e doutora em Lingüística Aplicada. É autora de A Escrita e o Outro, Ed. UnB, 1998; Técnica de Redação, Martins Fontes, 2001; Explicando a Arte Brasileira, Ed. Ediouro, 2003; Brasília - De Cerrado a Capital da República, Ed. Cortez, 2006.
Margarida Patriota, escritora e jornalista, produz e apresenta um programa de entrevista de autores e lançamentos na Rádio Senado que vai ao ar todos os sábados às 15h com reprise aos domingos às 9h. Para conhecer o seu programa, basta acessar:www.senado.gov.br/radio!
A abertura foi abrilhantada com a leitura de um poema, Palavras Brincantes, de autoria de uma das professoras da EAPE.
João Bosco, também escritor da casa de autores, fêz a mediação do bate-papo com as duas escritoras. Para êle, a "Linguagem é uma semiotização da vida" , que significa que a vida é linguagem e vice-versa.
A escritora Margarida Patriota, narrou em poucas palavras a sua trajetória de aluna a escritora, onde relata que em sua formação acadêmica passou por várias escolas no exterior, uma vez que seu pai era diplomata e pouco parava em um país. Apesar de toda essa mudança cultural, teve acesso a vários tipos de literatura e mesmo passando por várias escolas, tornou-se escritora publicando vinte e cinco livros até hoje. O seu maior desafio ao escrever um livro, é passar para o papel as idéias, que as chama de nebulosas.
Quando perguntada sobre o manejo da palavra, acrescenta que acontece com o primeiro contato com os livros ouvindo as primeiras histórias e manuseando os livros.
A autora Lucília, relata que sua formação aconteceu de forma bem tradicional em Minas Gerais, mas muito estimulada à prática da leitura. Suas respostas são mais técnicas e em sua fala, coloca que a língua padrão é importante para manter a unidade de um país, mas em um país extenso como o nosso, não ha uma linguagem correta, mas várias formas de falar e de se comunicar.
Quando perguntada sobre o seu maior desafio enquanto escritora, falou que ao escrever um livro, preocupa-se em torná-lo atrativo.











terça-feira, 23 de setembro de 2008

Comentários sobre o Filme " Desmundo"

Por volta do ano de 1570, período em que se falava o português arcaico, chegam ao país algumas órfãs, enviadas pela rainha de Portugal, com o objetivo de desposarem os primeiros colonizadores. Uma delas, Oribela (Simone Spoladore), é uma jovem sensível e religiosa que, após ofender de forma bem grosseira Afonso Soares D'Aragão (Cacá Rosset) se vê obrigada em casar com Francisco de Albuquerque (Osmar Prado), que a leva para seu engenho de açúcar. Oribela pede a Francisco que lhe dê algum tempo, para ela se acostumar com ele e cumprir com suas "obrigações", mas paciência é algo que seu marido não tem e ele praticamente a violenta. Sentindo-se infeliz, ela tenta fugir, pois quer pegar um navio e voltar a Portugal, mas acaba sendo recapturada por Francisco. Como castigo, Oribela fica acorrentada em um pequeno galpão. Deprimida por estar sozinha e ferida, pois seus pés ficaram muito machucados, ela passa os dias chorando e só tem contato com uma índia, que lhe leva comida e a ajuda na recuperação, envolvendo seus pés com plantas medicinais. Quando ela sai do seu cativeiro continua determinada em fugir, até que numa noite ela se disfarça de homem e segue para a vila, pedindo ajuda a Ximeno Dias (Caco Ciocler), um português que também morava na região.

3 - Breves considerações acerca da Lei 11.340, de 07.08.2006, "Lei Maria da Penha"
No dia 7 de agosto de 2006, foi sancionada a lei n.º Lei 11.340, que "cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências".
A sanção dessa lei representa, assim, um avanço na proteção da mulher vítima de violência familiar e doméstica, incluindo-se, também, uma inovação legal quanto às formas familiares já positivadas.

Se compararmos a forma de tratamento da mulher daquela época com o mundo atual, houve muita evolução, mas ainda existe muita violência velada, ainda há mulheres submissas aos seus maridos, não no sentido bíblico da palavra submissão, mas inferiorizadas, que entre quatro paredes sofrem abusos, violências físicas e psicológicas, não tendo coragem de denunciar seus agressores. Devido a falta de conhecimento de seus direitos e ainda pela desvalorização no mercado de trabalho, muitas mulheres ainda são oprimidas.
O espaço conquistado pela mulher na sociedade, vem aos poucos nos colocando em um patamar de igualdade de direitos, mas devido a um histórico de "ser frágil", dependente e limitado aos afazeres domésticos ainda vemos muitos casos de violência contra a mulher. Esse quadro será modificado, quando houver investimento em políticas públicas sociais voltadas para a educação, saúde física e mental de nossas crianças.
Fico muito incomodada e indignada quando vejo crianças ou adolescentes, nas ruas de Brasília, se drogando ou se prostituindo. E reflito. Todas elas já passaram pelas instituições família e escola, mas devido a fatores que desconhecemos, mas que está implícito em suas vidas, não conseguimos fazer com que elas sentissem prazer em estar na escola ou no seio de suas famílias.
Nós educadores precisamos encontrar meios de tornar o período escolar de nossas crianças em momentos atrativos e significativos, pois para muitas delas, a escola é o único lugar onde sentem-se seguras e valorizadas.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O sabor das palavras - Rubem Alves


"Escrever é minha grande alegria! Já me sugeriram escrever um romance. Não escreverei. Romance é coisa complicada, estória com princípio, meio e fim. Não tenho competência, não tenho paciência, não tenho tempo. Já tenho 71 anos. É preciso escrever curto porque a arte é longa e a vida é breve"
" Vejo o que quero que os outros vejam comigo. Por isso escrevo. Faço fotografias com palavras. Diferentes dos filmes que exigem tempo para serem vistos, as fotografias são instantâneas. Minhas crônicas são fotografias. Escrevo para fazer ver."
"" O que escrevo são aperitivos. Na literatura, freqüentemente, o curto é muito maior que o comprido. Há poemas que contém um universo.
Mas escrevo também com uma intenção gastronômica.. Quero que meus textos sejam comidos. Mais do que isso: quero que eles sejam comidos com prazer."
"Como sou escritor, o que desejo é que os livros que escrevi dêem alegria.. Quero que sejam lidos e degustados."

Rubem Alves

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Reforma Ortográfica


Apenas quatro dos oito países da CPLPaprovaram reforma ortográfica; burocracia e problemas políticos entravam o processo.

Acordo ortográfico entraem vigor no Brasil em 2009
Após 18 anos, o Acordo Ortográfico sai do papel com adoção pelo Brasil no ano que vem. Regras serão obrigatórias antes em documentos e depois nas escolas.
Reforma ortográfica visa a difundir o idioma

A partir de 2009, o português escrito no Brasil passa a seguir as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado também por Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe.
Será o primeiro país a adotar oficialmente a nova grafia, que será obrigatória em documentos oficiais e para a mídia. No ensino público, as regras começam a ser implementadas em 2010 e até 2012 as novas regras serão adotadas para todas as séries.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Está na cara? Não. Está nas palavras.


" A lingüística lida com a língua. A língua, com as palavras. As palavras constroem e destroem mundos. Com elas, a gente faz amigos. Disputa emprego. Ganha eleição. Conquista o amado. Ou, ao contrário, cria inimigos. Perde cargos. Manda o sonho do amor eterno pro beleléu. Perpetua preconceitos. Congela discriminações.

Negro serve de exemplo. Pra designar a raça, não pense em preto, crioulo, escurinho, moreno, de cor. Fique com negro: Zezé Mota é negra. A novela A Muralha precisou de um elenco de atores negros. Os negros vieram para o Brasil como escravos. A base étnica da população brasileira é formada por índios, brancos e negros.

Fuja da tentação. Não recorra a negro para qualificar fatos desagradáveis. Deixe a preguiça pra lá. Vire-se. Encontre o vocábulo politicamente correto. Eis uma ajudinha: lista de devedores ou lista de traficantes em lugar de lista negra; câmbio paralelo em vez de câmbio negro; a situação está difícil, ruim ou preocupante em lugar de a situação está negra; mancha preta por mancha negra. E por aí vai.

"Dize-me com quem andas que eu te direi quem és", afirmam uns. "Dize-me o que comes que te direi quem és", declaram outros. "Dize-me as palavras que usas que te direi quem és", garantem mais uns. Elas denunciam o democrata, o racista, o tolerante, o preconceito".
Fonte: http://www.correioweb.com.br/ dadsquariri.blogspot.com.
Forma fantástica como a colunista do Correio Brasiliense, Dad Squarisi, brinca com as palavras e explica de forma clara e até com um toque de humor o uso correto das palavras.

domingo, 7 de setembro de 2008

Release sobre o autor Thiago de Melo


Thiago de Mello é o Homenageado desta 27ª Feira do Livro. O poeta amazonense de 82 anos de idade, um dos mais prestigiados do país, é o homenageado da Feira do Livro 2008 e figurará como estrela principal do maior evento literário do Centro-Oeste. Amadeu Thiago de Melo é natural de Barreirinha, no Amazonas. Nasceu em 30 de março de 1926 na capital do estado, mudando-se quando jovem para o Rio de Janeiro, cidade onde cursou medicina.
Os estudos na faculdade não foram muito longe. No quarto ano, Thiago abandona a medicina para se tornar poeta.Thiago de Mello é hoje uma das vozes mais ativas na defesa dos direitos humanos, a ecologia e a paz mundial. Suas lutas lhe renderam tempos difíceis, quando foi perseguido pela ditadura militar de 1964. O regime o fez exilar-se no Chile, até 1973.
Suas poesias cruzaram atracaram nos Estados Unidos, Alemanha, Cuba, Argentina, França e muitos outros países mundo a fora. Entre seus textos mais famosos, destacam-se Silêncio e Palavra (1951), A Lenda da Rosa (1956), a Canção do Amor Armado e Estatutos do Homem. Por isso, pelo conjunto de sua obra, a Câmara do Livro do Distrito Federal presta esta merecida homenagem ao poeta Thiago de Mello.

Visita à 27ª Feira do livro

A Feira do livro proporciona um contato mais direto entre o escritor e o leitor. Nos faz perceber o quanto o escritor se esforça para vender o seu livro. Usa a imaginação e a arte para escrever e ainda se desdobra para sua divulgação. Tive oportunidade de conhecer um escritor paraibano que estava caracterizado com vestes típicas do nordeste, em cima de um toco de madeira com sua obra nas mãos. Ele era o próprio expositor e divulgador de sua obra e nestas tantas feiras e bienais já estava na 3ª edição de seu livro.


Nós professores ficamos com água na boca, pois hvia uma grande quantidade de bons livros à venda, mas as condições financeiras não nos permitia saborear melhor os livros escolhidos.


Em entrevista ao Correio Brasiliense de hoje, 07/09, o escritor argentino Martín Kohan, respondeu à pergunta sobre o incentivo e o apoio à literatura. " Lamentavelmente, quase sempre não há o apoio que esse tipo de atividade requer. A literatura, por mais que se diga que sim, ainda não é vista como uma área de interesse social, diretamente ligada à educação e formação intelectual de cada pessoa, como deveria ser vista e valorizada". E ainda acrescentou, que por mais problemas que o Brasil ainda tenha quanto a liberação de verbas para a realização desse tipo de evento, há maior incentivo do que na Argentina.