quarta-feira, 30 de julho de 2008

II Fórum de Literatura - Herança da Leitura

Fórum promovido pela EAPE (Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais em Educação), em parceria com a Editora Arco Íris, realizado no Auditório do Centro Cultural Ulisses Guimarães.
A abertura se deu com a apresentação de um grupo de dança, " Aos nossos olhos", projeto com proposta interdisciplinar, criado por uma professora da Secretaria de Educação, onde destaca a escola como agente propulsor para a preservação da natureza.
Após a apresentação do grupo de dança, a coordenadora da EAPE, Professora Marcia, fêz a apresentação de todos as coordenadoras e também dos tutores dos cursos do CFORM, oferecidos pela Secretaria de Estado de Educação em parceria com a UNB. Houve ainda, a apresentação da escritora, Maria Antonieta e de seu filho, também escritor, Léo Cunha convidados pela EAPE para abertura do Fórum.
Em sua apresentação a escritora narrou seu memorial,desde a infância com riqueza de detalhes e com muita emoção. Falou da contribuição de sua família para sua escolha profissional e de sua paixão pela leitura e escrita, especialmente de sua mãe, que fazia leituras diárias para ela ouvir. Outra pessoa também responsável por essa paixão, sua primeira professora , Maria do Carmo, que sabia muito bem com instigar seus alunos à leitura. Suas aulas sempre eram encerradas com uma história contada sem a exigência ou compromisso que prestassem atenção, pois seriam avaliados. Talvez por isso, seus alunos a ouviam extasiados. Sua voz estava carregada de emoção ao lembrar da primeira professora e fez uma citação de Fernando Pessoa.
" A literatura, como toda obra de arte, é como uma confissão de que a vida não basta".
"A arte transcende à vida". A vida é efêmera, passa e a obra fica eternizada. A família faz grande diferança para formação de leitores e de escritores, é uma herança familiar, mas quando a família falha, é a escola que entra em ação, assumindo o papel de estimulador da leitura.
No segundo momento, ainda pela manhâ, Léo Cunha também narrou suas lembranças de infância e de como herdou o gosto pela leitura e escrita. Sua herança literária, foi marcada com o livro que herdou de seu avô, O Grande Sertão Veredas, de Guimarâes Rosa. Fêz ainda a leitura de uma de suas obras criadas para atender o público infanto juvenil, "Pela Estrada Afora".
A escritora maria Antonieta, encerrou a palestra falando da importância que todo professor deve dar a leitura, sob diversas formas, sempre usando a criatividade.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O papel da fonética e da fonologia no ensino da língua

Este encontro tem como objetivo mostrar que a escola pode ser vista como um lugar onde o aluno precisa aprender a pensar sobre a língua e tratá-la como objeto de reflexão; refletir sobre e necessidade de mudança na forma de "enxergar" a aprendizagem da ortografia; mostrar como está estruturada a norma ortagráfica: a distinção entre o que é regular e o que é irregular na organização da ortografia e conscientizar os professores da necessidade de fazer um diagnóstico dos tipos de erros que os alunos cometem a fim de planejar metas para o ensino e aprendizagem da ortografia.
" O momento crucial de toda a sequência da vida escolar é o momento da alfabetização" (Mírian Lemle).
Conforme texto de Liliane Jaqueline Guimarães Ribeiro, para que o trabalho de alfabetização se desenvolva de forma mais eficiente, é necessário que o professor, tenha um conhecimento mais detalhado sobre os mecanismos de como se desenvolve a aprendizagem, bem como sobre a gramática descritiva, que apresenta a língua como ele é e suas variações: Diacrônica, Sincrônica, regional, etária, social, de registro, etc.
Na função de Orientadora Educacional, da equipe de Atendimento/Apoio à Aprendizagem, o meu trabalho está voltado a atender alunos que apresentam além de outras, dificuldades em desenvolver a aprendizagem, que para nós , o maior desafio é identificar como a criança aprende ou ainda, o que as impedem de aprender.
Segundo Vigotsky, para aprender a escrever, a criança precisa fazer uma descoberta básica. "Que ela pode desenhar não apenas coisas, mas também sua própria fala."
Normalmente essas crianças são encaminhadas ao atendimento psicopedagógico, após anos de repetência escolar ou ainda estigmatizadas como "deficientes mentais". Vale ressaltar que o professor com cerca de 35 ( trinta e cinco) alunos em sala de aula, tende a planejar suas aulas para alunos ditos (normais) e estes acabam ficando à margem do nível da turma.
Durante os atendimentos psicopedagógicos aos alunos com dificuldades de aprendizagem, passamos a enfatizar as técnicas do Guia Teórico do Alfabetizador, de Mírian Lemle, que apresenta o que é preciso para a criança aprender a ler.
  1. A criança precisa saber o que é um símbolo;
  2. A criança precisa se conscientizar da percepção auditiva;
  3. A criança precisa discriminar as formas das letras;
  4. Precisa captar o conceito de palavras;
  5. Precisa reconhecer sentenças. ( Brincar de ler)
Observando estas informaçoes, utilizamos as atividades sugeridas no texto nos atendimentos semanais, além de orientar seus respectivos professores quanto ao atendimento diferenciado a esses alunos, o que vem surtindo efeitos positivos.

Letramento Digital

Encontro iniciado com apresentação da resenha eletrônica de encontros anteriores sempre de forma criativa e atrativa.
O tutor Maurício oportunizou aos participantes, o conhecimento de seu trabalho em Manaus, como professor substituto, onde ministrou o curso de Alfabetização e Linguagem durante três dias. Em seu relato, falou da dificuldade que o educador encontra naquela cidade, desde a estrutura física até a formação dos professores, contudo mostravam-se motivados.
O objetivo do estudo de hoje, é despertar para a necessidade do letramento digital dos professores, capacitando-os para as práticas sociais e os eventos de letramento no âmbito das novas tecnologias de comunicação.
Para alcançar o objetivo proposto, foi realizada uma leitura reflexiva sobre o texto de Antônio Carlos dos Santos Xavier, (UFPE), intitulado de Letramento Digital e Ensino. Do texto foram retirados alguns pontos importantes, como: O avanço da tecnologia da informação, proporcionando economia de tempo e na eliminação do uso de papel. Ex:. Salas de bate papo (chat), conversas simultâneas, interações sociais, Fóruns eletrônicos: como oportunidades de discutir temas de interesse social. (eventos de letramento), Correio eletrônico: intercâmbio para troca de mensagens curtas e avisos pessoais ou profissionais. ( gêneros textuais).
Com o advento da Internet, vem contribuir para o surgimento de práticas sociais e eventos de letramento inéditos, bem como deixa vir à tona gêneros textuais, até então nunca vistos nem estudados. Possibilitam ainda a criação de formas sociais e comunicativas inovadoras, que surgem a partir do uso de novas tecnologias.
Após as reflexões sobre o texto, Letramento digital e Ensino, conclui-se que os profissionais de educação e sobretudo de linguagem, precisam desenvolver estratégias pedagógicas eficazes em seus mais variados espaços educacionais, ( laboratórios), para enfrentar os desafios que são colocados no dia a dia do profissional: Alfabetizar, letrar e letrar digitalmente o maior número de pessoas possíveis, preparando-os para atuar adequadamente no século do conhecimento.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Reflexões sobre a avaliação

O encontro de hoje teve como objetivo discutir sobre as concepções da valiação e evidenciar o que caracteriza uma avaliação a serviço da aprendizagem dos alunos, bem como conhecer a fundamentação da avaliação realizada com a utilização do prtfólio e suas implicações na organização do trabalho pedagógico. Houve ainda a leitura compartilhada do pensamento de autoria de João do Norte:

" Escrever é o jorrar de uma energia que não pode ser contida. Quem escreve vira-se do avesso, exterioriza o que lhe vai na alma, na memória, nos sentidos. Coloca na escrita, ainda que não pareça nem ele tenha disso consciência, pedaços de si próprio partículas do seu eu que, ao longo da vida, foi construindo."

Neste encontro foi apresentado o diário de bordo da tutora Lenita, bem como reflexões sobre o processo de avaliação. " O que é avaliação?", Para que serve a avaliação?", "De qual avaliação precisamos?" A tutora Lenita, apresentou ainda seu portfólio eletrônico, como forma de estimular os cursistas à utilização desta forma de apresentação do registro dos encontros.
Segundo texto da professora Benigna Maria de Freitas Villas Boas _ UNB (maio/2001), a utilização do portfílio como forma de avaliação, apresenta a possibilidade do próprio aluno construir o seu processo de aprendizagem, além de se auto-avaliar. É uma coletânea de suas produções, possibilitando que ele e o professor possam acompanhar o seu progresso.
Como trabalho pessoal, foi sugerido o estudo do fascículo 02, onde trata sobre gêneros e tipos textuais. Define os gêneros textuais, como realizações linguísticas concretas, definidas por propriedades sociocomunicativas, ou seja é a situação de produção de um texto que determina em que gênero ele é realizado. Os tipos textuais são definidos como a maneira de organizar as sequências linguísticas no texto. A forma de combinar as palavras, também são relevantes na produção de determinado gênero.

Memorial

Sou Zenilda Siqueira Lima Veras, de origem nordestina, cheguei a Brasília aos 8 ( oito anos) de idade, juntamente com minha mãe, Maria do Carmo lima de Campos, oito irmãos, sendo ( quatro) mais novos e quatro mais velhos que eu.
Chegamos a Brasília no auge da revolução de 1964, contudo, apesar de estarmos vivendo um momento histórico tão importante, era como outro qualquer, pois estávamos saindo do interior de Pernambuco e para nós, crianças, tudo era muito bonito, a cidade muito plana , cheia de luzes, bem diferente da nossa pequena Salgueiro e ainda, com promessas de grandes possibilidades.
"A Revolução de 1964 foi um movimento cívico militar ocorrido no Brasil iniciado na madrugada de 31 de março para 1 de abril de 1964 que depôs o Presidente da República, João Goulart, e instalou um regime militar no Brasil que perdurou até 15 de março de 1985."
Na época, nos instalamos na “Cidade Livre”, hoje Região Administrativa do Núcleo Bandeirante. Minha mãe, mulher batalhadora e de muita coragem, foi professora no interior de Pernambuco e sua maior preocupação, era com a nossa educação. Nove filhos para criar e educar sozinha, pois havia ficado viúva com todos nós muito pequenos.
Meu primeiro contato com a escola, aconteceu aos cinco anos no jardim de infância, em Salgueiro, Pernambuco, que até hoje guardo lembranças positivas dos colegas e de minha primeira professora, “Lenita”, que muito contribuiu para minha atual formação. Em Brasília, cursei o Ensino Fundamental, antigo Primário, fiz parte do processo seletivo, Exame de Admissão, para ingressar no Ginásio e Segundo Grau em escolas da rede pública de ensino no Núcleo Bandeirante. No Ensino Médio tive formação técnica, Auxiliar de Contabilidade, pois a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 5692/71 em vigor na época, estimulava os estudantes ao ensino profissionalizante. Aos dezessete anos concluí o Ensino Médio com louvor, pois sempre fui boa aluna. Desde os quatorze anos trabalhei no comércio para ajudar no sustento de minha família mas sempre tive como objetivo estudar em uma faculdade.
Apesar de não ter cursado o Científico, que preparava o aluno para o ingresso na universidade, eu prestei vestibular em 1977 para o curso de Pedagogia e para minha alegria, passei. Minha vontade era era formar-me em Psicologia , porém era oferecido durante o dia no CEUB ( Centro de Ensino Unificado de Brasília) e UNB (Universidade de Brasília) e eu precisava trabalhar para custear meus estudos e ajudar no sustento da família. Em 1977 iniciei o curso superior em Pedagogia no CEUB Centro de Ensino Unificado de Brasília).
No início da faculdade, fui promovida ao cargo de Gerente do Setor de Jóias no Ponto Frio, empresa em que trabalhava como vendedora. Fui transferida para a loja do Conjunto Nacional, com uma carga horária de praticamente doze horas diárias. Para conciliar os estudos com o trabalho, fiz a opção de cursar apenas algumas disciplinas do curso, o que me causou alguns problemas, pois eu acabei priorizando o trabalho em detrimento da faculdade que tranquei por dois anos. Continuei trabalhando, sempre conquistando novos espaços no mercado de trabalho na liderança de lojas, mas no meu íntimo faltava algo mais, a faculdade que eu havia deixado para trás.
No Ano de 1980, casei-me, mais uma vez tentei retomar meus estudos, mas devido a alguns problemas no casamento e a gravidez do meu primeiro filho, mais uma vez tranquei o curso. Tive três filhos em menos seis anos de casada, mas em junho de 1985, meu marido sofreu um acidente fatal de automóvel deixando-me viúva, com três filhos. Mikael com quatro anos, Alan com dois anos e Elen com Seis meses. Aqueles momentos em que eu estava vivendo, pareciam um grande pesadelo. Eu que sonhara em cursar uma faculdade, agora via que tudo se desmoronava.
Continuei a trabalhar no comércio, desta vez na Sandiz, empresa do grupo Pão de Açúcar, que para minha felicidade, estimulava seus funcionários a estudarem, custeando 50% dos estudos em bolsa auxílio. Após quase dez anos sem estudar fui jubilada no CEUB (Centro de Ensino Unificado de Brasília), tive que prestar outro vestibular, desta vez na AEUDF, também na área de Educação, para aproveitamento dos créditos das disciplinas já cursadas no CEUB. Mais uma Vez passei. Iniciei novamente a faculdade de Pedagogia, desta vez mais motivada a concluir, pois tinha o estímulo da empresa e a motivação dos filhos. As pessoas poderão perguntar. Porque fiz a opção por pedagogia e não Administração, que era a área em que eu trabalhava? Respondendo a esta pergunta, o trabalho no comércio me rendia o sustento da minha família e o curso na área de educação me realizava. Passei interessar-me pelo estudo do desenvolvimento da aprendizagem no ser humano, que também pela pedagogia poderia conhecer e aplicar futuramente, como minha primeira professora “Lenita”, do Jardim de Infância. Reiniciei a faculdade, e após o quarto semestre, solicitei a minha transferência para a faculdade Católica de Brasília onde concluí o curso com habilitação em Administração Educacional e complementei com mais dois anos a habilitação em Orientação Educacional.
A minha vida acadêmica seguia os caminhos da educação e minha vida profissional seguia a área comercial,mas eu ainda não podia trocar o salário que eu ganhava, pelo salário de professor.
Em meio a todas as dificuldades encontradas, Deus sempre se fazia presente em minha vida e em todas as minhas decisões. Pensava eu, que estava no comando , mas quem sempre esteve, era Ele. No ano de 1997, a Secretaria de Educação abriu concurso para o cargo de Orientador Educacional e para testar meus conhecimentos, fiz e passei. Mas minha colocação não foi das melhores, Deus mais uma vez estava decidindo por mim, o momento certo. Em 1998, cansada de trabalhar no comercio, pois já contavam vinte e um anos de dedicação. Parece que o tempo transcorria de tal forma, que eu nem percebia que meus filhos já eram adolescente e precisavam muito de minha presença. Fui trabalhar como Pedagoga, na Fundação de Serviço Social, no SOS Criança, desenvolvendo projetos de trabalho na área sócio educativa com meninos e meninas em situação de risco nas ruas de Brasília. Esta foi uma das melhores aprendizagens que adquiri na área de educação desde a minha formação em Pedagogia. Quantas pérolas colhi naquele início de carreira e a partir daí passei a ver aquelas crianças, como pessoas que passaram pelas instituições, (família e escola) e que, por algum motivo houve falha em desenvolvimento integral. Percebi então a importância do papel do educador na sociedade e na formação do cidadão, capaz de intervir de forma crítica na sociedade de que faz parte. Ainda trabalhava na Fundação de Serviço social, quando fui convocada em março do ano 2000, para assumir o cargo de Orientadora Educacional, na então, Fundação Educacional, hoje Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. Fiquei muito feliz, pois após tantos anos iria contribuir com o meu trabalho para o desenvolvimento de muitas crianças e adolescentes, para com isto evitar a evasão escolar e minimizar número de crianças nas ruas.
Iniciei meu trabalho como Orientadora Educacional, no Centro de Ensino Médio Nº 10 do Setor P Sul de Ceilândia, escola muito conceituada, por desenvolver um trabalho pedagógico relevante . Um de seus projetos premiados a nível nacional, ADIP, Academia Dez da Imortalidade Poética, estimulava toda a comunidade escolar a registrar seus escritos o que culminou com a publicação de um livro com poemas de autoria dos alunos, professores e servidores. Esse projeto teve a autoria de uma Colega, Professora muito competente, Marilza, de Língua Portuguesa.
Após dois anos, na função de Orientadora Educacional, fui indicada pelos professores da escola, para assumir a direção . Contribuí com o meu trabalho na direção por dois anos e senti falta do contato direto com meus alunos e comunidade escolar, desenvolvendo projetos voltados a atender as especificidades dos alunos, como: Auto-estima, Motivação, Orientação Vocacional, Orientação Sexual , além do atendimento individual a alunos e famílias.
No ano de 2004, retomei a função de Orientadora Educacional, desta vez, na Equipe de Atendimento/Apoio à Aprendizagem de Ceilândia, composta por um Psicólogo, (Enock),uma Pedagoga, (Júlia),e eu, Orientadora Educacional. Neste mesmo ano, senti necessidade em melhorar os meus conhecimentos na área de Ensino Especial e fiz minha Pós Graduação em psicopedagogia. Na Equipe passei a desenvolver um trabalho preventivo e interventivo junto aos alunos, que apresentam dificuldades de aprendizagem e com necessidades educacionais especiais de quatro escolas, sendo duas Escolas Classes, um CEF, (Centro de Ensino Fundamental) e um Ensino Médio. Fiz parte desta equipe até o mês de maio deste ano. Por determinações da Secretaria de Educação, os Orientadores Educacionais que estavam nas equipes, foram lotados nas escolas. Eu continuei no Centro de Ensino Médio Nº02 na função de Orientadora Educacional, atendendo somente esta escola, apesar de acreditar que os Orientadores Educacionais têm condições de exercer suas funções pedagógicas tanto em uma só escola, como nas Equipes, uma vez que o nosso trabalho não se restringe ao âmbito apenas da escola, mas ainda assim sinto-me feliz por participar do processo de desenvolvimento dos nossos alunos.


segunda-feira, 21 de julho de 2008

I Fórum de Literatura " O Grande Encontro"

O título para este Fórum, não poderia ser outro, "O Grande Encontro", pois trata-se do encontro de duas almas, Jonas Ribeiro e André Neves, que se uniram para escrever e encantar as pessoas com seus livros maravilhosos que servirão de instrumentos facilitadores da aprendizagem.
Início, com apresentação das coordenadoras da EAPE e Equipe, com a receptividade do anfitrião, bispo da Igreja Sara Nossa terra, local onde foi realizado o evento.
As contadoras de história, Rayane e Virgínia, narraram de forma graciosa o livro " A bruxa Cremilda e seus batons magnéticos", de (Jonas Ribeiro) e" Poesias de dar água na boca". ( André Neves e Jonas Ribeiro)
André Neves apresentou-se à platéia, como criador de imagens, do prazer e da maneira como cria seus personagens. Recifense, ilustrador de livros, conheceu o autor Jonas Ribeiro, em uma bienal em São Paulo e a partir daquele momento, tornaram-se cúmplices em suas histórias.
O Escritor Jonas Ribeiro, fêz sua apresentação, detalhou de maneira muito sensível e aconchegante sobre a maneira como escreve e o prazer que tem em criar as suas histórias. Falou ainda da importância que deve ser dada ao livro, da maneira como o professor deve instigar o aluno a ler. Que o professor além do livro didático, deve lançar mão de um livro diferente de sua disciplina, para desenvolver melhor seu trabalho pedagógico em sala de aula.
Após sua encantadora apresenção, Jonas Ribeiro, fêz a interpretação do livro, " A Cor da Fome" de sua autoria com imagens de André Neves.
O Encontro foi encerrado pela manhã, com exposição das obras dos autores, deixando um gostinho de quero mais.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Variação linguística - Continuação

Encontro muito especial, pois é o dia do meu aniversário. Apesar do grupo ainda não comemorar as datas dos aniversariantes, as amigas de todos os momentos, Júlia, Noélia e Nilcimar, prepararam uma muqueca de peixe saborosíssima, uma torta de baba de moça e fizemos a festa em pleno meio dia na casa da Júlia.
O início do encontro, aconteceu após a leitura por fruição, uma contribuição de uma colega. " O ABC do sertão", de ( Luís Gonzaga ), que tão bem representou a variação linguística em sua composições.

"Lá no meu setão pros caboclo lê Têm que aprender um outro ABC O jota é ji, o éle é lê O Ésse é si, mas o erre Tém nome de rê Até o ypsilon lá é pssilone O eme é mê, O ene é nê O efe é fê, o gê chama-se guê Na escola é engraçado ouvir-se tanto "ê" A, bê, cê, dê, Fê, Guê, lê, mê, Nê, Pê, quê, rê,
Tê, vê e
Um dos objetivos também deste encontro, é levar o professor a refletir sobre sua prática enquanto professor pesquisador, o que e como ensinar na escola: a variação e a norma padrão, repensar a noção do "erro".




segunda-feira, 14 de julho de 2008

Variação Linguística

Abertura do encontro, com a leitura de um pensamento de Marcos Bagno. " A língua que cada um ser humano fala, é um elemento importantíssimo de sua identidade física, individual, além de ser um poderoso fator de união dos grupos humanos , das classes sociais, das comunidades, e mas também um fator de desunião, de luta entre os grupos, de conflitos pelo poder."
O objetivo do encontro de hoje, é refletirmos sobre as relações da linguagem e sociedade, por meio da variação linguística. A necessidade de levarmos essa discussao para sala de aula, como uma ferramenta de construção da cidadania.
Início do encontro com apresentação da resenha eletrônica, " Janela Indiscreta", uma produção criativa do tutor Maurício. Resumo de momentos vividos em encontros anteriores em forma de vídeo. Houve ainda a leitura compartilhada de um texto sobre a tecnologia, especificamente, O Celular, para dar início ao tema do dia, Variação Linguística.
Para melhor fixação do tema, a turma foi dividida em quatro grupos para análise reflexiva e apresentação.
A variação linguística está associada a variação social.
A forma de expressão de um povo, varia conforme a região, status social, grau de escolarização, gênero, trabalho , redes sociais. O linguísta não regeita a norma padrão, mas respeita as variações.
Onde tem variação também tem avaliação :
A avaliação é essencialmente social, isto é, não é propriamente a língua que está sendo avaliada, mas sim a pessoa que está usando-a daquele modo. A língua neste caso também é fator de exclusão. Está relacionada à situação socio-econômica do indivíduo.
Variação linguística é o conjunto de variações linguísticas que compoem as diversas regiões.
É importante que nossos alunos tenham conhecimento sobre como utulizar as formas linguísticas na literatura e na música.
Questionamentos: 1 - O que é uma variante linguística?
O modo de falar característico de um determinado grupo social recebe na sociolingística, o nome de variedade.
" Quase me apetece dizer que não há uma língua portuguesa, há línguas em português." ( José Saramago, Escritor portugês)
A variação e a norma padrão: Escolher e Excluir.
Desde muito cedo na história ocidental, a variação linguística foi vista de forma negativa. Para os primeiros intelectuais, filósofos gregos da cidade de Alexandria, no Egito, no Século III antes de Cristo, a variação era um defeito. Somente a grande literatura do passado, a escrita literária consagradad é que deveria servir de modelo para qualquer pessoa " culta".
Somente no século XX, surgiu a Linguística moderna, com pretensão de ser uma visão científica da linguagem, um estudo descritivo de todos os aspectos da língua. Na visão tradicional dita-se como a língua deve ser. Na linguística moderna estuda-se como a língua é.
Devido a multiplicidade de variedades linguísticas presentes em um país, há a necessidade de constituição de uma norma padrão. Para tanto, é preciso escolher uma variedade entre as muitas do centro do poder como língua oficial. Esta escolha se faz por critérios políticos e ideológicos , que depois de eleita a variedade linguística que servirá de base para a elaboração da norma padrão, necessita de investimentos para responder a todas as exigências de uma língua literária, de uma língua oficial, de uma língua de ensino, de uma língua que será veículo da ciência e de uma língua institucionalizada. Será preciso estabalelecer as regras de uso " correto " da língua, Origem das gramáticas normativas.